Histórico e desenvolvimento

O Catálogo Coletivo Nacional de Publicações Seriadas (CCN), criado em 1954 pelo Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), constituiu-se, até sua automação em 1968, em um catálogo convencional com fichas, prestando informações in loco por telefone ou correspondência.

De 1970 a 1978, o sistema automatizado possibilitou a divulgação impressa do CCN por grandes áreas do conhecimento: Ciências Exatas e Tecnologia, Ciências Agrícolas e Veterinárias, Ciências da Saúde, e Ciências Sociais e Humanas. Em 1978, devido ao crescimento constante de novos títulos e acrescido do inter-relacionamento entre as áreas do conhecimento, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) optou pela divulgação do CCN com microfichas, reunindo todas as áreas.

Em 1983, o Ibict iniciou o desenvolvimento do Sistema Integrado de Publicações Seriadas (SIPS). Desenvolvido em formato compatível com o International Serials Data System (ISDS), permitiu a otimização do processamento e maior flexibilidade no tratamento, armazenamento e intercâmbio de dados sob a forma de fita magnética.

Em 1989, foi elaborado um estudo comparativo entre a norma de transcrição de dados de coleções usada no CCN e a norma NISO Z39. 44, da National Information Standards Organization. A contribuição do estudo resultou na ampliação da norma existente, propiciando a incorporação de características relevantes para catálogos coletivos. 

Nos anos 2000, o Instituto deu início a uma série de estudos para a revisão e atualização do CCN, tendo em vista o avanço das tecnologias e das discussões do campo. 

Em 2019, deu-se início ao processo de reformulação do CCN, no âmbito do Catálogo Integrado Brasileiro de Registros Bibliográficos — Projeto Pinakes. Este Projeto tem, por objetivo principal, a reestruturação dos serviços bibliográficos tradicionais do Ibict — o CCN, o Bibliodata e o Programa de Comutação Bibliográfica (Comut) — reunindo, em uma única plataforma de buscas, os registros bibliográficos, técnico-científicos, presentes nos acervos das instituições brasileiras de ensino e pesquisa.

O nome Pinakes faz referência ao primeiro instrumento de controle bibliográfico que se tem na história, criado por Calímaco, que constitua em uma lista de autores, ordenada em ordem alfabética com uma breve descrição da biografia de cada um deles.